Copo cheio https://copocheio.blogfolha.uol.com.br Todas as cervejas, todos os estilos, para todos os gostos Wed, 08 Dec 2021 20:31:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Black Princess abre casa dedicada a cervejas, shows e tatuagens em Pinheiros https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/09/28/black-princess-abre-casa-dedicada-a-cervejas-shows-e-tatuagens-em-pinheiros/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/09/28/black-princess-abre-casa-dedicada-a-cervejas-shows-e-tatuagens-em-pinheiros/#respond Tue, 28 Sep 2021 17:07:24 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/black-princess-300x215.jpg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=985 Um novo espaço chega ao cada vez mais cervejeiro largo da Batata, em Pinheiros. A Black Princess House inaugura nesta quinta (30) sua casa, dedicada ao consumo de muita música e, claro, dos rótulos da Black Princess, cerveja premium do grupo Petrópolis. A princípio, o bar funciona até 28 de novembro, sempre de quarta a domingo.

Com arquitetura moderna, iluminação cuidadosa e espaços instagramáveis, a casa da Black Princess quer dar vazão às novas atrações musicais, muitas das quais nasceram durante a pandemia e fizeram sucesso nas redes sociais, mas ainda esperavam por um palco.

“Trouxemos um line-up muito diversificado. São 19 bandas e 28 DJs, algumas que nasceram no meio da pandemia, mas nunca tiveram a oportunidade de se apresentar ao público. São bandas que estão construindo uma história nova hoje, que pode virar um clássico amanhã”, conta Eliana Cassandre, gerente de marketing do Grupo Petrópolis. Ela lembra que muitas das atrações foram sugeridas pelo super DJ Alok, parceiro da marca em outros projetos.

Não estranhe se sentir um certo déjà-vu ao chegar ao número 640 da rua Fernão Dias, na cara do largo da Batata. É que o endereço já abrigou outro bar sazonal no passado, o Pop-up Taproom Lagunitas.

“O largo da Batata é um espaço muito boêmio, com muitas histórias. Ele tem glamour, está no meio de São Paulo, tem gastronomia, comércio, é uma região muito democrática. E tem uma diversidade de público que é o que a gente quer trazer para a marca”, explica Cassandre, ao escolher o local, próximo de outras grandes marcas, como a Goose Island Brewhouse e a Hoegaarden Greenhouse —esta, praticamente ao lado da nova Black Princess House.

Ainda associado ao lado musical, o novo bar tem um miniestúdio para gravações de podcasts. Acima do palco, há ainda uma área para quem quiser fazer uma tatuagem —de motivo cervejeiro, de preferência.

Para beber, o bar terá os oito rótulos de linha da Black Princess: Gold (uma premium lager), Dark, Doctor Weiss, Let’s Hop, Miss Blonde, Back To the Red, Tião Bock e Apa-82. Há também rótulos sazonais que podem se revezar, como o recém-lançado Gimme Fire (apenas em long neck), uma rauchbier com aroma defumado e 5,6% de álcool. 

Para comer, a Black Princess House oferece um rodízio de food trucks, estacionados ao lado das mesas em uma área aberta. Na primeira semana, o menu é de hambúrgueres, incluindo opção vegana.

Ainda com cuidados devido à pandemia de Covid-19, a casa estabeleceu protocolos mais rigorosos que a média do setor para quem quiser conhecer o estabelecimento: é preciso se inscrever pelo site blackprincesshouse.com.br. Na entrada, limitada a cem pessoas, será necessário mostrar o comprovante de vacinação. Uso de máscara é obrigatório no espaço, que promete respeitar o distanciamento entre as mesas e oferecer álcool em gel.

Black Princess Houser. Fernão Dias, 640, Pinheiros. Qua. a sáb.: 17h às 23h. Dom.: 12h às 20h. Até 28 de novembro. Inscrição e programação em blackprincesshouse.com.br

 

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Inverno lembra bock; conheça o estilo e algumas versões disponíveis por aqui https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/07/18/inverno-lembra-bock-conheca-o-estilo-e-algumas-versoes-disponiveis-por-aqui/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/07/18/inverno-lembra-bock-conheca-o-estilo-e-algumas-versoes-disponiveis-por-aqui/#respond Sun, 18 Jul 2021 15:21:59 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/trilha-bock-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=917 Tem um estilo cervejeiro que sempre volta à lembrança quando o inverno se instala —o que dura de 15 minutos a 45 dias, dependendo da região do país—, o bock. Ou, pelo menos, é lembrado pelo cringe cervejeiro.

Há algumas décadas, bem antes do boom das artesanais, a cerveja bock era mais popular do que as india pale ales ou weiss da atualidade. Como? Kaiser Bock. A marca mainstream lançou com sucesso uma versão bock que voltava a cada inverno, com direito a muitas propagandas musicadas na TV aberta. E, além de popular, tinha qualidade. A bock da Kaiser sumiu há alguns anos. Mas o estilo vive.

Para os mais jovens da geração Z que não estão muito familiarizados com o estilo, uma breve explicação: a bock nasceu em Einbeck, na Alemanha, e é uma cerveja lager, de baixa fermentação, ou seja, a fermentação se dá no fundo do tanque —ao contrário das ales, de alta fermentação. Portanto, não confundir a bock com uma red ale.

Aqui o malte é a estrela da receita, para tristeza dos adoradores de lúpulo. O aroma puxa mais para o biscoito, caramelo, características provenientes do malte amigo. Sua coloração é mais escura, entre o âmbar e o avermelhado, com teor alcoólico mais elevado que o de uma pilsen, por exemplo, e um certo dulçor, longe do amargor das IPAs. A bock também tem algumas variações um pouco mais fortes, como a doppelbock, mais comum por aqui, ou a eisbock. Confira algumas sugestões abaixo.
Bock – Schornstein
Rótulo já tradicional no catálogo da cervejaria de Pomerode (SC), essa bock mais avermelhada tem 7,0% de teor alcoólico e dulçor característico, com espuma persistente e aroma caramelado dos maltes. Tem ótimo custo-benefício, em garrafa de 500 ml.
Online: schornstein.com.br/novo/home e @cerv.ejariaschornstein

Bock 21 – Trilha
Mais acostumada às americanas juicy IPA, a cervejaria da região de Perdizes (São Paulo) se volta a essa bock clássica, com 7,1% de álcool e coloração escura. Para equilibrar o dulçor do malte, a cervejaria usou o lúpulo tcheco Saaz, com notas mais herbais.
Online: linktr.ee/trilhacervejaria e @trilhacervejaria

Doppelbock Julina – Cerveja Avós
Variante (para usar uma palavara da moda) da bock, essa doppelbock acrescenta pé de moleque para entrar no clima junino, ou julino. Além do aroma, é possível sentir o amendoim na boca no final do gole desse exemplar da Avós, com 7,7% de álcool.
Online: deliverydireto.com.br/cervejaavos

La Trappe Bock
Rótulo da cervejaria holandesa, essa é considerada a única bock trapista do mundo, feita apenas uma vez por ano no monastério. Também como diferencial ela é refermentada na garrafa, o que lhe confere mais frescor. Coloração mais acobreada e 7% de teor alcoólico.
Online: bierwein.com.br/latrappe

Paulaner Salvator
Mais conhecida pela tradicional weiss, a Paulaner tem na Salvator um de seus melhores rótulos. Essa não é qualquer doppelbock, é a primeira do estilo no mundo. Logo, se quiser provar algo tradicional, clássico, esse é o seu rótulo. Lúpulos alemães, cor avermelhada e sabor maltado distribuídos em 7,9% de álcool.
Online: casaflora.com.br

Tião Bock – Black Princess
Cerveja apresentada no Festival de Blumenau de 2020, a Tião Bock tem 6,5% de álcool e o típico baixo amargor. Sua singularidade é incluir na fórmula rapadura, que contribui com dulçor e deixa a coloração mais escura. Em garrafa de 600 ml, é mais uma de bom custo-benefício.
Online: bomdebeer.com.br e @cervejablackprincess

Threshold – Koala San Brew
Quer fazer uma “bock experience” diferente? Essa teria que ser presencial. No EAP, peça uma pint da doppelbock Thereshold, da Koala, com o uso do loggerhead. É um pequeno maçarico que, em contato com a bebida, aquece a espuma, ativa açúcares, acentua o aroma de caramelo e traz um doce com leve tostado à bebida. Apesar de esquentar um pouco a espuma, o líquido permanece frio.
Online: koalasanbrew.com.br e @eapsp.com.br

Onde encontrar essas ou outras bocks:

Empório Alto dos Pinheiros
R. Vupabussu, 305, Pinheiros, região oeste, tel. (11) 3031-4328. Seg. a dom.: 11h às 17h. Delivery via WhatsApp (11) 99250-7997 ou retirada: seg. a qui.: 11h às 19h. Sex. e sáb.: 11h à 20h. Dom.: 11h às 18h.

Tap Tap
R. da Consolação, 455, Consolação, região central. tel. (11) 98594-8364 (também WhatsApp). Delivery e retirada: seg. a sex.: 16h às 22h. Sáb.: 14h às 22h. Dom.: 13h às 21h.

Cervejoteca – R. Bartolomeu de Gusmão, 40, Vila Mariana, tel. 5084-6047. Seg.: 12h às 19h. Ter. a qui.: 11h às 19h. Sex. e sáb.: 11h às 20h. Dom.: 11h às 15h.

PS – Os horários de abertura dos bares podem ser alterados de acordo com o Plano SP.

 

Löggerhead, o maçarico usado na doppelbock da Koala San Brew, no EAP – Reprodução

 

 

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Black Princess lança witbier para o verão com pimenta-rosa e baixíssimo amargor https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/12/03/black-princess-lanca-witbier-para-o-verao-com-pimenta-rosa-e-baixissimo-amargor/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/12/03/black-princess-lanca-witbier-para-o-verao-com-pimenta-rosa-e-baixissimo-amargor/#respond Thu, 03 Dec 2020 15:34:53 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/be-witbier-300x215.jpg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=558 Ja de olho no calor escaldante que se aproxima no verão brasileiro, a Black Princess lança a Be.Witbier, que, como o nome entrega, é uma… witbier.

O tradicional estilo belga é um dos mais queridinhos por aqui e tem na Hoegaarden sua principal representante. Extremamente refrescante, a witbier, chamada também de cerveja branca, tem base de trigo, mas, diferentemente da weiss, inclui sementes de coentro e casca de laranja em sua clássica fórmula (dois segundos de silêncio e oração em agradecimento pela invencionice belga).

No caso da Be.Witbier, a laranja dá lugar a tangerina (ou mandarina, ou mexerica, pode escolher) e acrescenta um toque de pimenta-rosa.

Com 4,8% de teor alcoólico, a cerveja tem apenas 8 IBU —escala de amargor que passa de cem. Para comparação, uma india pale ale tradicional tem em torno de 50, 60 IBU. Quanto mais lúpulo, mais amargor. A witbier, por outro lado, costuma ter amargor realmente baixo. A Hoegaarden, por exemplo, tem 13; a Vedett, outra belga, tem 10. Mas a Black é ainda menos amarga… na margem de erro, diriam os institutos.

O novo rótulo da Black Princess é sazonal, com venda limitada no ecommerce do grupo, o Bom de Beer (bomdebeer.com.br), em versão long neck, por R$ 11,90. Do Grupo Petrópolis, com sede no Rio, a Black Princess lançou recentemente também a Braza Hops, cerveja feita com lúpulo brasileiro, também disponível no site.

 

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Lúpulo brasileiro? Sim, ele existe, e está na nova Braza Hops; saiba mais https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/10/26/lupulo-brasileiro-sim-ele-existe-e-esta-na-nova-braza-hops-saiba-mais/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/10/26/lupulo-brasileiro-sim-ele-existe-e-esta-na-nova-braza-hops-saiba-mais/#respond Mon, 26 Oct 2020 15:32:48 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/lupulo-2-web-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=498 Lúpulo. Nome completo, humulus lupulus. É uma planta trepadeira, sensível, que cresce mais de seis metros, de origem europeia, onde se esbalda com o clima temperado e mais de 15 horas de luz na cara nos melhores dias.

Talvez você conheça o lúpulo como a florzinha, principal responsável pelo aroma e amargor da cerveja, que também leva malte, água e leveduras.

E o lúpulo brasileiro? Bem, até alguns anos atrás, falar de lúpulo brasileiro era como mencionar o curupira, o E.T. de Varginha ou a Loira do Banheiro. Pura lenda urbana. Porém, essa história (a do lúpulo) tem mudado gradativamente.

Nesta semana, chega ao mercado a german pils Braza Hops, da Black Princess, primeiro lançamento do Grupo Petrópolis feito com lúpulos 100% brasileiros, provenientes de Teresópolis (Rio de Janeiro) —o grupo é mais conhecido em São Paulo pelas cervejas Itaipava, Cacildis e Petra, que patrocina inclusive o cinema Belas Artes.

Não é exatamente a primeira experiência com a nossa querida trepadeira. Há séculos que imigrantes europeus fazem suas pequenas plantações. A brincadeira começou a ficar mais séria na região da Serra da Mantiqueira, quando uma fazenda conseguiu desenvolver uma quantia um pouco maior e fez parceria com a Baden Baden, de Campos do Jordão. Com o lúpulo Mantiqueira, a cervejaria chegou a lançar algumas experiências já em 2014. Em 2017, lançou uma marzen, estilo alemão. E no ano passado chegou a levar colaborativas experimentais para mostrar no festival Mondial de la Bière.

O lúpulo utilizado pelo Grupo Petrópolis, no entanto, teria sido o primeiro a ter o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A plantação é uma parceria com o Viveiro Ninkasi e todo o desenvolvimento passou pelo Centro Cervejeiro da Serra, que pertence ao grupo. 

“Já fazemos o cultivo desde 2018 em Teresópolis. A plantação começou pequena, com pouco mais de 300 mudas; agora já temos mais de três hectares destinados para o plantio do lúpulo, com mais de 7.000 mudas”, celebra Diego Gomes, diretor industrial do Grupo Petrópolis, que elogia todo o trabalho de Teresa Yoshiko, proprietária do viveiro, junto ao Mapa. 

Plantação de lúpulo em Teresópois, parceria do Viveiro Ninkasi com o Centro Cervejeiro da Serra – Divulgação

Apesar de comemorar a conquista, Gomes lembra que há muito a desenvolver ainda para o crescimento do plantio na região. “Duas universidades, além do Viveiro, estão trabalhando para fazer com que esse lúpulo se fortaleça a ponto de se tornar interessante para o microprodutor da região de Teresópolis. É uma região que já tem uma agroeconomia familiar”, conta.

“De acordo com dados da Aprolúpulo (Associação brasileira de produtores de lúpulo), existem aproximadamente 150 produtores associados, muitos deles com cultivares de origem americana como Cascade, Columbus, Yakima, Comet. No ano de 2018, o estado do Rio de Janeiro se destacou por apresentar valores acima de 9% de ácido-alfa (responsável pelo amargor da cerveja)”, afirma Duan Ceolla, autoridade em lúpulo e professor da Escola Superior de Cerveja e Malte, em Blumenau.

“Na última colheita, em março, tivemos a honra de receber na fazenda alguns alemães da região de Hallertau, na Baviera, maior área de plantio contínuo de lúpulo do mundo. Eles ficaram muito impressionados com a experiência da nossa colheita”, diz Gomes.

O diretor do grupo lembra que o caminho da adaptação da planta ao solo brasileiro não foi fácil. Historicamente, o lúpulo se dá bem em climas temperados, como o europeu, ou o americano (que teve resultados tão expressivos que criou uma escola cervejeira americana, muito a partir do desempenho singular da planta no terroir americano). 

“Quando pegamos qualquer planta de um lugar e levamos para outro, ela leva junto a memória genética. Então ela tem uma tendência a ter um comportamento do lugar em que estava, e o tempo vai dizer se ela vai permanecer ou não do mesmo jeito. Se você tiver ao lado da plantação de lúpulo uma outra planta, ele absorve as características. O solo é importante. Estamos aprendendo muito ainda.”

O Grupo Petrópolis usa cerca de 350 toneladas de lúpulos por ano (a projeção é chegar a 380 toneladas em 2021), importados em grande parte de quatro países: Alemanha, Estados Unidos, República Checa e Austrália. A primeira colheita do lúpulo nacional rendeu 800 quilos. Portanto pode parecer ainda um pequeno passo para o mundo cervejeiro, mas é uma grande notícia para o humulus lupulus local.

O lúpulo da Braza Hops tem características mais herbais, de acordo com Gomes, o que casou muito bem com a german pils, estilo escolhido para a empreitada. Apenas na versão long neck, a cerveja tem edição limitada (são 2.000 unidades), e está sendo vendida com exclusividade pelo ecommerce do grupo (bomdebeer.com.br), por R$ 12,90.

Lohn faz lager com lúpulo catarinense
Outro lançamento recente com lúpulo nacional é Green Bally (barriga verde, em português), uma hop lager da cervejaria Lohn (de Lauro Muller, SC).

Nesse caso, são utilizados lúpulos do projeto Hildegarda, localizado na cidade de Lages, na serra catarinense, e dentro da Cervejaria Santa Catarina, do grupo Ambev. O rótulo foi lançado em agosto, também em edição limitada.

Rótulo da Braza Hops, da Black Princess, apenas à venda por ecommerce – Divulgação
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