Copo cheio https://copocheio.blogfolha.uol.com.br Todas as cervejas, todos os estilos, para todos os gostos Wed, 08 Dec 2021 20:31:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Backer relança rótulo que teve lote contaminado com festa e zero sensibilidade https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/10/19/backer-relanca-cerveja-contaminada-com-novo-rotulo-e-festa-e-causa-revolta/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/10/19/backer-relanca-cerveja-contaminada-com-novo-rotulo-e-festa-e-causa-revolta/#respond Mon, 19 Oct 2020 14:21:23 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/backer-1-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=486 A cervejaria mineira Backer fez uma festa no último sábado (17) para marcar o relançamento do rótulo Capitão Senra, cerveja que já constava no portfólio da fábrica. Essa seria uma notícia prosaica se fosse com qualquer outra cervejaria; ou se fosse com a Backer, até 2019. Mas com a Backer, em 2020, talvez seja possível dizer, no mínimo, que houve certa precipitação no lançamento.

Refrescando a memória: a Backer se envolveu no maior caso de contaminação de cervejas no Brasil na virada do ano. Dez pessoas morreram e outras dezenas apresentaram sinais de intoxicação sérios. Em julho, 11 pessoas foram indiciadas após investigação da polícia, sete delas por homicídio culposo.

A maioria dos lotes contaminados (com dietilenoglicol) era da cerveja Belorizontina, mas também foram encontradas substâncias em outros rótulos, como Capitão Senra (uma amber ale com boa presença de malte nos bons tempos). A cerveja teria sido fábricada nas instalações da Germânia, em São Paulo, já que o espaço da Backer ainda não poderia ser usado.

Erro 1: se a cervejaria considera que este é o momento (ainda que pareça muito cedo) para voltar ao mercado, teve sensibilidade zero ao usar um nome que teve rótulo contaminado. Mudar a imagem do rótulo não altera isso.

Erro 2: fazer o relançamento no Templo Cervejeiro Backer, bar que fica na entrada da fábrica, com uma festa foi visto como uma punhalada para famílias envolvidas no caso.

Se quer retornar ao mercado, onde já foi um dos principais nomes no cenário artesanal, a Backer precisa se reinventar com mais sensibilidade, muito mais sensibilidade.

Em reportagem do jornal mineiro O Tempo, Eliana Reis, cujo marido morreu, vítima de intoxicação, falou indignada. “As imagens que tenho na cabeça são do meu marido desmanchando. Ele urrava de dor em seus últimos dias de vida, mas não saía o som da voz dele. Agora a Backer dá uma festa? Gratuita? Eles não tiveram a decência de dar os pêsames, e agora comemoram? Comemorar o quê?”

Na internet, foram muitos os comentários de indignação com a festa de relançamento.

 

 

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Conclusão do caso Backer não deve influenciar na confiança às artesanais https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/06/09/conclusao-do-caso-backer-nao-deve-influenciar-na-confianca-as-artesanais/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/06/09/conclusao-do-caso-backer-nao-deve-influenciar-na-confianca-as-artesanais/#respond Tue, 09 Jun 2020 18:22:49 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/Backer-1-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=313 A notícia do dia no setor cervejeiro era aguardada há algum tempo. Finalmente a Policia Civil de Minas Gerais encerrou o inquérito sobre o caso Backer e, nesta terça (9), anunciou o indiciamento de 11 pessoas, sete delas por homicídio culposo por conta da intoxicação de várias pessoas por dietilenoglicol, produto químico encontrado nas cervejas da marca.

Com a investigação, foi descartada a possibilidade de sabotagem e comprovada a manipulação indevida do produto químico. O vazamento que contaminou a bebida no tanque teria sido causado por uma falha na solda de uma peça, segundo o delegado Flávio Grossi.

De acordo com o inquérito foram 29 vítimas, sete delas morreram. Assim se encerra uma parte do caso Backer, e deve se iniciar outra, com tribunais, julgamentos e pedidos de indenizações. A Backer, claro, terá o direito de se defender judicialmente. Mas será difícil reverter a conclusão do inquérito de imperícia no uso do equipamento e descontrole no uso da substância.

E como fica o setor cervejeiro nessa? “Não houve nenhum impacto noticiado em vendas no setor por conta da Backer. Houve uma repercussão da mídia, mas o consumidor da cerveja artesanal entendeu ser um fato isolado”, opina Carlo Lapolli, presidente da Abracerva (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal).

O caso da intoxicação com cervejas de alguns lotes de rótulos da Backer começou em janeiro. E realmente é provável que muitas artesanais, não tenham sentido o impacto. Talvez as mineiras, pela proximidade, tenham tido que lidar com uma desconfiança inicial. Mas logo também veio um problema ainda maior para o setor, a pandemia causada pelo coronavírus.

“Acho que o que o mercado tinha que ter sofrido, já foi, em janeiro e fevereiro éramos muito questionados por consumidores que visitavam a fábrica. Cinco meses depois, talvez o impacto para a gente de São Paulo seja pequeno, ou nulo”, avalia Luiza Tolosa, proprietária da Dádiva.

O mercado das cervejarias artesanais está em expansão (freada neste ano, como a maioria dos mercados), mas o que fica de lição do caso Backer é que o cuidado com o consumidor final ainda tem que ser a regra número 1. A Backer produzia mais de 800 mil litros por mês e já tinha linha de gim e de uísque. Esse crescimento desenfreado com o olho no lucro talvez tenha causado seu descuido, que acarretou mortes e pode ter sentenciado sua ruína.

E veja onde tomar um bom chope artesanal em São Paulo hoje. Cheers!

 

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Cervejaria de Maringá, Cathedral é eleita a melhor do Brasil https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/03/10/cervejaria-de-maringa-cathedral-e-eleita-a-melhor-do-brasil/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/03/10/cervejaria-de-maringa-cathedral-e-eleita-a-melhor-do-brasil/#respond Wed, 11 Mar 2020 02:19:47 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/cathedral-300x215.jpg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=145 O Concurso Brasileiro de Cervejas do Festival de Blumenau anunciou na noite desta terça (10) as melhores em 146 estilos (sim, 146); e a pequena cervejaria paranaense Cathedral, de Maringá, foi eleita a melhor do Brasil.

Foi a terceira vez consecutiva que a Cathedral foi eleita —ano passado, ela venceu na categoria cervejaria de médio porte; a Backer ganhou como marca de grande porte e a Suricato, de pequeno. Desta vez, o concurso não segmentou o resultado pelo tamanho da fábrica. A Colorado, da Ribeirão Preto, que pertence ao grupo Ambev, ficou em segundo. A mineira Verace, de Nova Lima, ficou fechou o pódio.

Envolvida em um caso de intoxicação, a Backer não participou do concurso deste ano, que registrou o recorde de marcas inscritas: foram 634 cervejarias de 22 Estados.

Apesar das 146 categorias, foram distribuídas apenas 53 medalhas de ouro, além de 72 de prata e 78 de bronze. Mais medalhada, a Cathedral faturou sete pódios: três de ouro, três de prata e uma de bronze. As primeiras colocadas foram a Tripel (na categoria tripel), a Farol Baixo (categoria altbier) e Nunca Fui Santa (golden ou blonde ale). As pratas ficaram com a Contrassenso (sahti), Easy Lager (internacional pilsener) e Dunkel (estilo kellerbier). Já o bronze foi para a Oktoberfest, na categoria de mesmo nome. Em Maringá, a Cathedral tem um bar ao lado da fábrica e, mais recentemente, abriu um sport bar, além de um terceiro espaço especializado em hambúrgueres.

Na categoria Best of Show, que elege as melhores cervejas do evento, não importa o estilo, a campeã foi a Guanabara, uma wood and barrel aged beer, da Colorado. O segundo lugar foi para a Muscat Brett Saison, uma saison da cervejaria Além Bier (do Rio Grande do Sul); e, em terceiro, a Bamberg Habanero Rauchbier, da Bamberg, também de São Paulo.

Brewpub

A principal novidade na premiação foi a criação de uma eleição para os brewpubs, estilo de cervejaria em alta no país, no qual a cerveja é fabricada e vendida no mesmo local. Nesta categoria, a Salvador Brewing, do Rio Grande do Sul, foi a campeã. O vice ficou com a Balbúrdia Cervejaria, de Blumenau, para alegria dos locais. A paranaense Irmandade Cervejaria Artesanal, de Guarapuava, terminou em terceiro lugar.

Localizada na Serra Gaúcha, a Salvador somou três medalhas de ouro e duas de prata. Suas cervejas de vez em quando aterrissam nos principais bares de São Paulo, como Empório Alto de Pinheiros ou Tap Tap.

 

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Atual campeã, Backer está fora de principal concurso de cervejas do país https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/01/30/atual-campea-backer-esta-fora-de-principal-concurso-de-cervejas-do-pais/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/01/30/atual-campea-backer-esta-fora-de-principal-concurso-de-cervejas-do-pais/#respond Thu, 30 Jan 2020 15:34:35 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/Backer-1-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=131 Campeã em 2019 na categoria cerverjarias de grande porte (acima de 100 mil litros por mês) no Concurso Brasileiro da Cerveja, em Blumenau, a Backer não vai defender seu título neste ano. Envolvida em um caso de intoxicação por dietilenoglicol, a marca resolveu ficar fora do evento.

Com o período de inscrição prorrogado, já foram confirmadas a participação de mais de 570 cervejarias nesta edição (em 2019 fora 505). Como campeã do ano passado, a Backer também tinha garantido um estande no festival. Até o momento, porém, a cervejaria não confirmou se vai usá-lo. O concurso acontece nos dias 9 e 10 de março; no dia 11 de março começa o Festival Brasileiro da Cerveja, que vai até o dia 14 e espera receber cerca de 35 mil pessoas de todo o país.

O concurso integra o Festival Brasileiro da Cerveja, que acontece anualmente em Blumenau na Vila Germânica, mesmo espaço que recebe a Oktoberfest da cidade. Considerado o principal evento do estilo no país, o concurso fez em 2019, pela primeira vez, a separação das cervejarias por tamanho. Assim, além da Backer, saíram vitoriosas a paranaense Cathedral (médio porte, de 10 mil a 100 mil litros por mês) e a gaúcha Suricato Ales (pequeno porte, até 10 mil litros por mês).

A Backer foi agraciada com seis medalhas no evento de 2019: ouro com a Buick 49 (categoria other strong ale), prata com a Julieta e a Reserva Cherry, e bronze para a Cabral, Bernardynskie e Reserva do Proprietário 2015.

 

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Sem comercializar marca própria, cervejaria da Backer só vende Heineken https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/01/20/sem-comercializar-marca-propria-cervejaria-da-backer-so-vende-heineken/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/01/20/sem-comercializar-marca-propria-cervejaria-da-backer-so-vende-heineken/#respond Mon, 20 Jan 2020 21:14:58 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/Backer-1-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=126 Enquanto a fábrica da Backer está impedida de produzir os vários rótulos da marca mineira, a cervejaria, que fica no mesmo endereço, está aberta. No entanto, sem poder vender as dezenas de cervejas de seu portfólio, a única marca comercializada por lá é da Heineken.

Em visita ao Templo Cervejeiro, nome do bar-restaurante localizado no bairro Olhos d’Água, na sexta (17) passada, chamou a atenção a pouca presença de público para um fim de tarde no início do fim de semana.

No cardápio, pratos que usam a cerveja como ingrediente também estavam sendo feitos em versão “sem álcool”, caso do Mexidão Cervejeiro Backer ou do Bangers and Mash, que usam linguiça marinada na cerveja.

A Backer está impedida de fabricar cervejas desde que vários lotes da marca foram contaminados com a substância dietilenoglicol. O que ainda ninguém sabe é como o produto, um anticolegante usado no processo cervejeiro, entrou em contato com o líquido.

Na cervejaria, as únicas bebidas alcoólicas comercializadas que eram produzidas pela Backer eram drinques feitos com o gim Lebbos (nome que homenageia a família fundadora) ou com o uísque Três Lobos.

Muitos dos rótulos da Backer fizeram sucesso em São Paulo, entre elas, a série Três Lobos, com cervejas como a Exterminador, de trigo com capim-limão, ou a Pele Vermelha, uma american IPA com raspas de laranja (que teve um lote contaminado com o dietilenoglicol). Também foi bem-sucedida na capital paulista a série Mafiosas, que inclui a red ale Corleone, outro rótulo contaminado. A Belorizontina não era vendida em São Paulo.

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