Copo cheio https://copocheio.blogfolha.uol.com.br Todas as cervejas, todos os estilos, para todos os gostos Wed, 08 Dec 2021 20:31:15 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Inverno lembra bock; conheça o estilo e algumas versões disponíveis por aqui https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/07/18/inverno-lembra-bock-conheca-o-estilo-e-algumas-versoes-disponiveis-por-aqui/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/07/18/inverno-lembra-bock-conheca-o-estilo-e-algumas-versoes-disponiveis-por-aqui/#respond Sun, 18 Jul 2021 15:21:59 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/trilha-bock-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=917 Tem um estilo cervejeiro que sempre volta à lembrança quando o inverno se instala —o que dura de 15 minutos a 45 dias, dependendo da região do país—, o bock. Ou, pelo menos, é lembrado pelo cringe cervejeiro.

Há algumas décadas, bem antes do boom das artesanais, a cerveja bock era mais popular do que as india pale ales ou weiss da atualidade. Como? Kaiser Bock. A marca mainstream lançou com sucesso uma versão bock que voltava a cada inverno, com direito a muitas propagandas musicadas na TV aberta. E, além de popular, tinha qualidade. A bock da Kaiser sumiu há alguns anos. Mas o estilo vive.

Para os mais jovens da geração Z que não estão muito familiarizados com o estilo, uma breve explicação: a bock nasceu em Einbeck, na Alemanha, e é uma cerveja lager, de baixa fermentação, ou seja, a fermentação se dá no fundo do tanque —ao contrário das ales, de alta fermentação. Portanto, não confundir a bock com uma red ale.

Aqui o malte é a estrela da receita, para tristeza dos adoradores de lúpulo. O aroma puxa mais para o biscoito, caramelo, características provenientes do malte amigo. Sua coloração é mais escura, entre o âmbar e o avermelhado, com teor alcoólico mais elevado que o de uma pilsen, por exemplo, e um certo dulçor, longe do amargor das IPAs. A bock também tem algumas variações um pouco mais fortes, como a doppelbock, mais comum por aqui, ou a eisbock. Confira algumas sugestões abaixo.
Bock – Schornstein
Rótulo já tradicional no catálogo da cervejaria de Pomerode (SC), essa bock mais avermelhada tem 7,0% de teor alcoólico e dulçor característico, com espuma persistente e aroma caramelado dos maltes. Tem ótimo custo-benefício, em garrafa de 500 ml.
Online: schornstein.com.br/novo/home e @cerv.ejariaschornstein

Bock 21 – Trilha
Mais acostumada às americanas juicy IPA, a cervejaria da região de Perdizes (São Paulo) se volta a essa bock clássica, com 7,1% de álcool e coloração escura. Para equilibrar o dulçor do malte, a cervejaria usou o lúpulo tcheco Saaz, com notas mais herbais.
Online: linktr.ee/trilhacervejaria e @trilhacervejaria

Doppelbock Julina – Cerveja Avós
Variante (para usar uma palavara da moda) da bock, essa doppelbock acrescenta pé de moleque para entrar no clima junino, ou julino. Além do aroma, é possível sentir o amendoim na boca no final do gole desse exemplar da Avós, com 7,7% de álcool.
Online: deliverydireto.com.br/cervejaavos

La Trappe Bock
Rótulo da cervejaria holandesa, essa é considerada a única bock trapista do mundo, feita apenas uma vez por ano no monastério. Também como diferencial ela é refermentada na garrafa, o que lhe confere mais frescor. Coloração mais acobreada e 7% de teor alcoólico.
Online: bierwein.com.br/latrappe

Paulaner Salvator
Mais conhecida pela tradicional weiss, a Paulaner tem na Salvator um de seus melhores rótulos. Essa não é qualquer doppelbock, é a primeira do estilo no mundo. Logo, se quiser provar algo tradicional, clássico, esse é o seu rótulo. Lúpulos alemães, cor avermelhada e sabor maltado distribuídos em 7,9% de álcool.
Online: casaflora.com.br

Tião Bock – Black Princess
Cerveja apresentada no Festival de Blumenau de 2020, a Tião Bock tem 6,5% de álcool e o típico baixo amargor. Sua singularidade é incluir na fórmula rapadura, que contribui com dulçor e deixa a coloração mais escura. Em garrafa de 600 ml, é mais uma de bom custo-benefício.
Online: bomdebeer.com.br e @cervejablackprincess

Threshold – Koala San Brew
Quer fazer uma “bock experience” diferente? Essa teria que ser presencial. No EAP, peça uma pint da doppelbock Thereshold, da Koala, com o uso do loggerhead. É um pequeno maçarico que, em contato com a bebida, aquece a espuma, ativa açúcares, acentua o aroma de caramelo e traz um doce com leve tostado à bebida. Apesar de esquentar um pouco a espuma, o líquido permanece frio.
Online: koalasanbrew.com.br e @eapsp.com.br

Onde encontrar essas ou outras bocks:

Empório Alto dos Pinheiros
R. Vupabussu, 305, Pinheiros, região oeste, tel. (11) 3031-4328. Seg. a dom.: 11h às 17h. Delivery via WhatsApp (11) 99250-7997 ou retirada: seg. a qui.: 11h às 19h. Sex. e sáb.: 11h à 20h. Dom.: 11h às 18h.

Tap Tap
R. da Consolação, 455, Consolação, região central. tel. (11) 98594-8364 (também WhatsApp). Delivery e retirada: seg. a sex.: 16h às 22h. Sáb.: 14h às 22h. Dom.: 13h às 21h.

Cervejoteca – R. Bartolomeu de Gusmão, 40, Vila Mariana, tel. 5084-6047. Seg.: 12h às 19h. Ter. a qui.: 11h às 19h. Sex. e sáb.: 11h às 20h. Dom.: 11h às 15h.

PS – Os horários de abertura dos bares podem ser alterados de acordo com o Plano SP.

 

Löggerhead, o maçarico usado na doppelbock da Koala San Brew, no EAP – Reprodução

 

 

]]>
0
Com especiarias, pinhão ou mel, confira dicas de cervejas para aquecer o inverno https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/06/29/com-especiarias-pinhao-ou-mel-confira-dicas-de-cervejas-para-aquecer-o-inverno/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/06/29/com-especiarias-pinhao-ou-mel-confira-dicas-de-cervejas-para-aquecer-o-inverno/#respond Tue, 29 Jun 2021 16:40:26 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/trilha-300x215.jpg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=898 Quem disse que não se pode tomar cerveja no inverno? Bem, muita gente. Mas não dê ouvidos. No universo dos maltes e lúpulos, a época mais fria do ano é uma boa oportunidade para experimentar novos sabores e estilos de teor alcoólico mais elevado, que dão aquela sensação reconfortante de aquecimento a cada gole.
É a época de estilos como imperial stouts, porters e cervejas envelhecidas, para serem degustadas com mais moderação do que o habitual. Confira uma seleção de dicas invernais abaixo. E bom frio.

Bioma – Dádiva
A Bioma foi feita pela primeira vez em 2018, uma russian imperial stout que evidenciava elementos do ecossistema brasileiro, no caso, incluindo a castanha de baru, o que lhe confere um aroma parecido com o de amendoim, e a baunilha do Cerrado. A cerveja volta agora, em lata (antes foi envasada em garrafa) e com cumaru na receita, acentuando ainda mais o dulçor da baunilha.
Online: cervejariadadiva.com.br/loja/ e @cervejariadadiva

Grandpa John – Avós/Goose Island
A Cerveja Avós tem uma das melhores baltic porters do mercado, usada como base para outras experiências, como a Baltic Cognac Julep (com algumas unidades na sede da Avós). Outra novidade aparece agora em colaboração com a Goose Island, a limitada Grandpa John, uma strong baltic porter com 9,4% de álcool e coloração vermelha bem escura, quase preta. Corpo bem aveludado e aroma de caramelo e malte tostado.
Online: deliverydireto.com.br/cervejaavos e gooseislandsp.com

Imperial Dark Sour – Dádiva
A cervejaria de Itupeva (SP) tinha lançado em 2017 a premiada e saborosa Dark Sour, um dos melhores rótulos daquele ano, que mereceu repeteco em 2018 e 2019. Desta vez, a Dádiva inova com uma versão mais potente. A Imperial Dark Blueberry tem 7,5% de teor alcoólico, é inspirada no estilo belga oud bruin e usa mirtilo fresco, cultivado em São Bento do Sapucaí. Envelhecida em barricas de carvalho, tem acidez acentuada e aroma de frutas vermelhas.
Site: cervejariadadiva.com.br/loja/ e @cervejariadadiva

Pão de Mel – Trilha
Cervejaria pequena e muito criativa, a Trilha sempre traz rótulos elaborados e muitos dos lançamentos sazonais não voltam, ou voltam modificados. Não é o caso da Pão de Mel, sucesso de outros invernos da casa, que acabou de completar cinco anos. Essa pastry stout traz mel, chocolate e especiarias, distribuídos em robustos 11,6% de álcool e vendido em garrafa de 500 ml. Cerveja bem cremosa e licorosa, que combina com um bolinho de chocolate.
Online: linktr.ee/trilhacervejaria e @trilhacervejaria

Pinhão – Campos do Jordão
Esse rótulo de linha da Campos do Jordão é um clássico da cervejaria o ano inteiro, mas ganha um espaço no inverno. Trata-se de uma belgian dubbel, com 6,5% de álcool, baixo amargor e, claro, pinhão, que é colhido no próprio parque onde se localiza a fábrica, bem fresquinho. Ele é triturado e misturado ao malte. O resultado é bem aromático, puxando para caramelo, por conta do malte, e noz-moscada. Delícia.
Online: linktr.ee/cervejacamposdojordao e @cervejacamposdojordao

Quadruppel – Invicta/Urbana
O rótulo faz parte do ótimo projeto Finito, idealizado pela Invicta, no qual ela faz parcerias com outras cervejarias em oito versões diferentes, incluindo essa quadruppel (estilo belga), receita famosa da Urbana batizada na época de Gulden Kalango. Apesar da coloração escura, ela não leva maltes tostados. No lugar, inclui uma carga de rapadura preta, o que lhe confere um sabor adocicado em seus 9,4% de álcool e 32 IBU (escala de amargor que vai até 120).
Online: invictabrejas.com.br e @cervejariainvicta

Quatro Cantos – Cervejaria Central
Uma das boas tap houses da região central da cidade, a Cervejaria Central fez sua primeira experiência com o estilo russian imperial stout (ou RIS). Uma receita clássica, sem adição de café ou extrato de baunilha, comum em RIS mais moderninhas. Essa ficou seis meses envelhecendo em barril de amburana proveniente da Cachaçaria Mato Dentro, de São Luiz de Paraitinga (SP) e traz ainda os sabores dos maltes torrados, distribuídos numa cerveja com 10,5% de álcool. Ótima pedida.
Online: cervejariacentral.com e @cervejariacentralsp

Smoked Porter – Dama Bier
A receita da sazonal de inverno da cervejaria piracicabana traz dez tipos de maltes, três deles defumados. Bem escura, tem 6,5% de álcool, espuma persistente e amargor moderado (45 IBU, escala que vai até 120). E também tem pedigree: ganhou a medalha de prata da categoria no European Beer Star, na Alemanha, no ano passado. É vendida em garrafa de 500 ml.
Online: damabier.com.br e @damabier

A Última Teoria de Einstein – Tesla
Um creme de avelã em formato de cerveja —com 11% de álcool. Esse é o resultado da parceria da Tesla com a Dear Hop, uma pastry stout com nibs de cacau direto de Ilhéus, baunilha de Madagascar, muita avelã e, para finalizar, flor de sal. Lançada no ano passado, ganhou ainda uma dose extra de avelã neste relançamento sazonal.
Online: telacervejaria.com.br e @teslacervejaria

]]>
0
Conheça as small beers, cervejas com baixíssimo teor alcoólico https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/05/18/conheca-as-small-beers-cervejas-com-baixissimo-teor-alcoolico/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/05/18/conheca-as-small-beers-cervejas-com-baixissimo-teor-alcoolico/#respond Tue, 18 May 2021 15:03:36 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/small-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=854 Que tal diminuir o consumo de álcool sem deixar de tomar sua cerveja artesanal (com moderação)?

Não, não estamos falando das versões zero álcool, ainda que a oferta delas esteja aumentando, e ganhando em qualidade. A sugestão aqui são as “small beers”. A tradução mais simplória, e carinhosa, poderia ser apenas “cervejinhas”, nome muito usado no boteco de cada dia pré-pandêmico. Mas não é bem o caso.

As “small beers” são cervejas com baixíssimo teor alcoólico, até 2,8%, no máximo. Não são exatamente novidades. Elas começaram lá na Idade Média, com destaque no século 18, no Reino Unido, e tiveram sua importância histórica (falemos da história mais abaixo). Nos últimos anos elas ressurgiram tanto na terra da rainha (que tem cervejarias especializadas em “small beers”) quanto nos Estados Unidos.

Quem começou a fazer as experiências por aqui com mais afinco durante a pandemia foi Júnior Bottura, o cara por trás das fórmulas da premiada Cerveja Avós, especializada nas cervejas lagers, de baixa fermentação.

“Fizemos a primeira em abril do ano passado, a Citrus Dew, uma cerveja super delicada”, lembra Bottura sobre o início da série batizada de Small Lagers. A Citrus Dew tinha apenas 1,9% de ABV (o teor alcoólico). 

Para se ter uma ideia, em termos de comparação, a Skol disponível no supermercado mais perto de você tem 4,4% de álcool; a Bohemia, 5%, assim como a Heineken e a Stella Artois do Brasil (a inglesa tem 4,6%). 

Atualmente tem outras duas sugestões disponíveis nas torneiras da Avós. A Amber Galaxy (usa o lúpulo Galaxy), uma red lager com 2,2% de álcool, na qual Bottura conta que utilizou maltes especiais —além de saborosa, ganhou uma bela coloração avermelhada. E fez tanto sucesso que ainda não saiu do portfólio.

A novidade mais recente é a Before Noon, que brinca no nome (“antes do meio-dia”) com a ideia de você poder tomá-la logo de manhã. Isso porque o ingrediente protagonista do rótulo é o café. “Fizemos uma cerveja escura e um cold brew… Parece muito mais um cold brew do que propriamente uma cerveja”, brinca Bottura sobre a versão, que tem 2,0% de teor alcoólico.

Brewpub inaugurado durante a pandemia, o Tank, em Pinheiros, também já ensaia suas “small beers”. A primeira é a Biggie Smalls, uma lager com 2,5% de álcool, com boa presença de malte. “Foi super bem recebida aqui”, comemora Julia Fraga, que comanda a casa. “Sempre tem consumidor que procura algo com baixo teor alcoólico”, conta.

A inspiração veio de rótulos similares em cervejarias americanas, mas Julia afirma que “nós mesmos sentimos a necessidade de beber algo com menor teor alcoólico e fazer o momento mais leve… Nem sempre o ato de beber tem que ser pesado e alcoólico”, conclui.

Ali perto do Tank Brewpub, no largo da Batata, a Goose Island Brewhouse também faz suas investidas no gênero. Com a parceria do próprio Bottura, a cerveja de Chicago criou duas opções, a Lil John, uma session baltic porter com 2,8% de ABV (no limite do teor alcoólico das “smalls”), e a Little Risk, session stout com 2,5%, uma cerveja escura como as tradicionais stouts, mas de corpo mais leve.

Onde encontrar as small beers (confirme horários de funcionamento antes de sair de casa):

Casa Avós – R. Croata, 703, Vila Ipojuca, região oeste. Qua. a sáb.: 12h às 21h. Dom.: 12h às 16h. Pedidos pelo tel. 3672-4282 e WhatsApp (11) 95058-7879. deliverydireto.com.br/cervejaavos/cervejaavos.

Tank Brewpub – R. Amaro Cavalheiro, 45, Pinheiros, tel. (11) 93208-2352. Ter. a qui.: 12h às 21h. Sex. e sáb.: 12h às 22h. Dom.: 12h às 20h. Pedidos online pelo link deliverydireto.com.br/tankbrewpub/tankbrewpub. App disponível em Android e IOS.

Goose Island Brewhouse – r. Baltazar Carrasco, 187, tel. 2886-9858. Confirme horário de funcionamento antes de sair de casa, ou peça pelos aplicativos de delivery

 

Um pequeno registro histórico das ‘small beers’

O movimento das “small beers” está longe de ser uma novidade. Nasceu na Idade Média, na Europa, e ganhou força no Reino Unido entre o fim do século 17 e o século 18 —passando depois para a colônia americana.

Reza a lenda que a cerveja era uma boa alternativa, e saudável, em tempos em que a água era suja, com odor desagradável. Já a “água cervejeira” usada para a bebida era fervida. Essa cerveja consumida durante as refeições não tinha nem 1% de álcool e continha até nutrientes (trigo, centeio, pão).

Empresas da região portuária também viram nas “small beers” uma boa opção às parrudas stouts e porters, consumidas em grande quantidade pelos trabalhadores nos pubs próximos. Assim começaram a incentivar a produção das “smalls”. O próprio governo incentivou ao passar a calcular o imposto sobre a cerveja pelo teor alcoólico, deixando as “smalls” bem mais baratas e acessíveis à classe trabalhadora.

]]>
0
Maringá faz barba e cabelo em festival e vence como melhor cervejaria e brewpub https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/03/20/maringa-faz-barba-e-cabelo-em-festival-e-vence-como-melhor-cervejaria-e-brewpub/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2021/03/20/maringa-faz-barba-e-cabelo-em-festival-e-vence-como-melhor-cervejaria-e-brewpub/#respond Sat, 20 Mar 2021 23:03:01 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/cathedral-300x215.jpg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=771 O brasão de Maringá tem uma haste de trigo e outra de café. Mas neste ano poderiam tranquilamente trocar os dois símbolos por uns pés de lúpulo para celebrar. A cidade paranaense fez barba e cabelo no Concurso Brasileiro de Cervejas, realizado em Blumenau, conquitando os prêmios de melhor cervejaria (Cathedral) e melhor brewpub (Sabores do Malte).

Premiada pelo quarto ano consecutivo, a Cathedral já tem um “é tetra” para chamar de seu após vencer mais uma vez o concurso nacional, considerado o principal do país. A cervejaria conquistou 14 medalhas (ano passado foram sete). A Blumenau, de Santa Catarina, ficou em segundo lugar, com nove medalhas. Fechando o pódio, a gaúcha Imigração 1824 levou seis medalhas, evidenciando um domínio das cervejarias da região sul do país, que participaram com mais amostras.

No total, o CBC teve a participação de 467 cervejarias de todo o país, com 3.162 rótulos inscritos. “Agradecemos e parabenizamos todos os participantes. É a presença de tantas cervejarias que garante a grandiosidade e a importância do concurso no cenário nacional e também internacional”, afirmou Develon da Rocha, presidente da Associação Blumenauense de Turismo, Cultura e Eventos (Ablutec), que organiza o concurso.

Ao todo, 256 rótulos foram premiados em 134 estilos cervejeiros. Foram distribuídas 75 medalhas de ouro, 88 de prata e 93 de bronze. As cervejas de Santa Catarina levaram 68 medalhas, contra 48 do Paraná e 47 do Rio Grande do Sul —São Paulo veio logo depois, com 42 pódios.

Ao contrário do que acontece em outros anos, o festival na Vila Germânica (mesmo local da Oktoberfest de Blumenau) aberto ao público —e no qual é possível provar muitas das cerdvejas premiadas— foi cancelado.

A campeã Cathedral faturou cinco medalhas de ouro (com a Kellerbier, a dortmunder Monarca, a dark lagar Sambarilove, a weizen Tid Brey e a belgian pale ale Sua Prece). Foram outras três pratas e seis bronzes conquistadas pela cervejaria de médio porte. Mas os amiguinhos de São Paulo que ficaram com água na boca podem tirar o cavalinho da chuva. A Cathedral ainda não é distribuída por aqui.

Por outro lado, muitas cervejas artesanais de São Paulo foram lembradas, como a Casa Avós, com quatro medalhas (incluindo o ouro para a american pilsener Sous Vide), a Dádiva (bronze com a juicy IPA Heartbeat e com a clásica altbier) ou a Blondine, ouro com a special bitter Royal.

A organização do evento já anunciou a data do próximo concuso, entre 5 e 7 de março e, desta vez, com festival (assim esperamos), de 9 a 12 de março.

Sabores do Malte é o melhor brewpub

Não bastasse a vitória com a Cervejaria Cathedral, Maringá emplacou também o melhor brewpub, com o Sabores do Malte, dos sócios Marcos Schiavoni e Leandro Almeida.

Relativamente novo, o Sabores do Malte abriu seu primeiro taproom em 2017, no Super Muffato, com 16 torneiras. Em setembro de 2019 inaugurou um beer garden no Mercadão de Maringá, desta vez, com 36 torneiras. A marca faturou seis medalhas no Concurso Brasileiro de Cervejas: uma de ouro com a rye beer Cachorro Louco, três pratas (com a blond ale Flodoardo, a amber/red ale Infinita Highway e a strong pale ale Japonês em Braile) e duas de bronze (a black ale Coronga Vairous e a india pale ale experimental Coronga Vaqui).

O pódio teve ainda em segundo os cervejeiros da Realidade Alternativa Cerveja Artesanal, de João Pessoa (PB), e, em terceiro, a Armada Cervejaria, de Florianópolis (SC).

“Foi nosso primeiro ano no concurso. Não tínhamos planejado nada disso, mas resolvemos enviar algumas cervejas que estavam prontas nos bares para uma avaliação dos juízes”, conta Schiavoni.

“Sabores do Malte valoriza a essência da cerveja e trabalha com a produção das quatro escolas [alemã, belga, inglesa e americana]”, acrescenta, lembrando que o brewpub também usa a cerveja como ingrediente em porções e pratos servidos no brewpub.

Infelizmente (para quem não é de Maringá), toda a produção da fábrica —cerca de 7.000 litros por mês— é para consumo nos próprios bares. Então talvez esteja na hora de cervejeiros de outros estados colocar a cidade na rota tão logo seja possível.

Os sócios Marcos Schiavoni e Leandro Almeida no beer garden do brewpub Sabores do Malte – Divulgação

 

 

 

]]>
0
Veja dicas lupuladas para Dia dos Pais, Dia da Cerveja ou qualquer outro dia https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/08/05/veja-dicas-lupuladas-para-dia-dos-pais-dia-da-cerveja-ou-qualquer-outro-dia/ https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/2020/08/05/veja-dicas-lupuladas-para-dia-dos-pais-dia-da-cerveja-ou-qualquer-outro-dia/#respond Wed, 05 Aug 2020 22:40:05 +0000 https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/files/2020/08/ephemeral-duas-300x215.jpeg https://copocheio.blogfolha.uol.com.br/?p=419 Os astros do universo etílico entraram em alinhamento nesta semana, ou algo parecido. Esta sexta (7) é o momento de brindar ao Dia da Cerveja. E apenas dois dias depois, no domingo, celebra-se o Dia dos Pais. Poucas vezes no calendário gregoriano é possível arrumar desculpa melhor para comprar uma cerveja de “presente”.

E não é sempre que as duas datas ficam tão pertinho uma da outra. Isso porque o Dia Internacional da Cerveja (criado por um dono de bar da Califórnia e festejado no mundo inteiro) é bebemorado na primeira sexta do mês de agosto, que, neste tresloucado 2020, calhou de ficar bem perto do segundo domingo do mês.

Leia também: Saiba onde pedir um chope fresco em São Paulo
Leia também: Lagunitas distribui gratuitamente sua IPA em drive-thru

Sendo assim, o negócio é não contrariar os astros e erguer um brinde. Veja sugestões de cervejas artesanais lançadas recentemente, todas nacionais, para ajudar o caro leitor na missão de escolher um bom rótulo (ou de confundi-lo ainda mais).

Baltic Porter (Schornstein)
Essa é uma edição limitada para celebrar os 14 anos da Schornstein, de Pomerode (SC), feita em colaboração com outras cervejarias, incluindo o brewpub What’s on Tap. Estilo com cara de inverno, a baltic porter é uma cerveja escura e encorpada. Essa está fresquinha (foi para o tanque em março). Além da garrafa (R$ 31,90, com 375 ml) também está disponível em chope no WOT (R$ 50, growler de um litro).

Casa Avós
Duas boas novidades da cervejaria da Vila Ipojuca. A primeira é a Amber Galaxy (R$ 14, 355 ml), da série Small Lagers, uma cerveja com boa presença de malte e baixíssimo teor alcoólico (2,3%); a segunda é a Franconian Rotbier (R$ 20, 355 ml), cerveja com leve defumado e cor avermelhada que busca recriar o estilo da histórica Francônia, região da Baviera. Além da qualidade, destaque para os elegantes rótulos.
Ecommerce da casa: avosemcasa.com.br

Dserve (UX Brew)
Que tal uma cerveja para a sobremesa? A UX Brew traz duas latas do estilo pastry sour IPA, ambas com 6,2% de álcool, mas com um ingrediente que faz toda diferença. A Dserve Blackberry leva bolachas de champanhe, amora, lactose e baunilha; já a Dserve Guava (preferida deste escriba) troca a amora por goiaba. Cremosas, aromáticas e de baixo amargor. Preço sugerido: R$ 39,90 cada uma.

Ephemeral (Dádiva)
Mais uma dica em dose dupla. A série Ephemeral traz duas imperial sour. Se é sour, significa que tem mais acidez, é um pouco mais azeda. Uma delas traz na fórmula baunilha, cacau, amora e mirtilo, o que lhe dá uma bela cor vinho; a outra traz baunilha, coco, goiaba e maracujá, que aumenta a sensação do azedinho. As duas têm 10% de álcool.

Esquina 2 (Central e Tap Tap)
Duas boas cervejarias da região central se uniram para a produção desse rótulo, uma aromática e potente juicy double IPA, com 8,1% de álcool, que leva aveia, centeio e trigo na fórmula (daí a aparência mais turva). A lata de 473 ml custa R$ 29. O kit com quatro latas sai por R$ 90.

Italian Grape Ale (Blondine)
Como é usual nos rótulos da série Blondine Trends, essa cerveja valoriza o trabalho de pequenos produtores, no caso, os de uva Niagara em Itupeva (interior de SP), onde fica a cervejaria. O sabor mistura acidez com um leve dulçor. Tem 6,9% de teor alcoólico.
Ecommerce da casa: crazy4beer.com.br/

New Normal (Carioca)
O sugestivo nome marca uma nova fase da cervejaria, que antes se chamava 3 Cariocas. O rótulo é uma New England IPA (ou juicy IPA) clássica, que blenda quatro lúpulos tradicionais, resultando numa cerveja fácil de beber.

Nuts!!!!! (UX Brew)
O nome pode significar nozes ou também “maluco”. No caso, maluco por macadâmia. Ela e dois tipos de baunilha são as estrelas dessa russian imperial stout com presença de chocolate e café, espuma densa e escura e 9,3% de álcool. Em lata de 473 ml, pode harmonizar muito bem com alguma sobremesa de chocolate.

Oca Cervejaria
Essa cervejaria novata (criada no fim de 2019) já tem ótimo portfólio. O destaque recente são os rótulos da série Mani, três double New England IPA com aveia e muita tapioca. Todas são muito cremosas e com o mesmo teor alcoólico, 8,4%. A diferença está no uso do lúpulo, que confere diferentes aromas e sabores: a Rudá (frutas tropicais e vermelhas), a Amana (frutas tropicais e uva branca) e a Amôri (frutas amarelas).

Pindorama (Cervejaria Central)
Quem conhece a carta da Cervejaria Central já deve ter topado com o ótimo chope da Pindorama, uma cerveja estilo bitter, que lembra a tradicional London Pride, da inglesa Fueller’s. Feita em colaboração com a Cirkus, ela chega em lata de 473 ml, por R$ 22 (mas ainda dá para pedir o chope).
Ecommerce da casa: cervejariacentral.com/

Unicorn
Para quem já superou as IPAs e busca novos sabores, uma boa dica pode ser o estilo catharina sour, refrescante e de baixo teor alcoólico. A Unicorn lançou duas opções, uma com bergamota (ou tangerina para os mais tangerinos) e outra com jabuticaba. Sugestões bem aromáticas.

Ypacaraí (Catimba + Vaia)
Reunião das cervejarias Catimba e Vaia, é uma india pale ale com adição de manga. Refrescante, de amargor moderado (44 IBUs, numa escala que passa um pouco de cem) e 6,4% de álcool. Boa para comemorar o dia e a noite dos pais, sem intervalos. Disponível na versão em garrafa de 500 ml.
Ecommerce da casa: linktr.ee/catimba

 

Onde comprar
Veja dicas de lojas especializadas da cidade de São Paulo para adquirir alguns dos rótulos citados na reportagem

Cerveja a Granel
R. Barão de Tatuí, 402, Vila Buarque, região central. Delivery via cervejaagranel.com.br: sex.: 18h às 21h, pedidos até as 18h. Sáb. e dom.: 13h às 17h, pedidos até as 13h. Retirada (necessário compra pelo site): sex.: 17h às 20h. Sáb. e dom.: 12h às 15h.

Empório Alto dos Pinheiros
R. Vupabussu, 305, Pinheiros, região oeste, tel. (11) 3031-4328. Seg. a dom.: 11h às 17h. Delivery via WhatsApp (11) 99250-7997 ou retirada: seg. a qui.: 11h às 19h. Sex. e sáb.: 11h à 20h. Dom.: 11h às 18h.

Let’s Beer
R. Joaquim Távora, 961, Vila Mariana, região sul, tel. 93072-6192. Ter. a dom.: 12h às 17h. Delivery pelo loja.letsbeer.com.br; e iFood: ter. a dom.: 12h às 21h30.

Tap Tap
R. da Consolação, 455, região central. Delivery via taptapsp.com.br ou retirada: seg. a sex.: 16h às 21h. Sáb. e dom.: 13h às 21h.

Whats’s On Tap
R. Min. Jesuíno Cardoso, 104, Vila Nova Conceição, região sul. Delivery via WhatsApp (11) 96311-5227, iFood, Rappi ou retirada: seg.: 11h às 16h45. Ter. a sáb.: 11h às 21h45.

]]>
0