Cerveja de Botucatu bate próprio recorde nacional com rótulo com 35% de álcool
Em 2019 a Cervejaria da Cuesta, de Botucatu (SP), lançou uma cerveja com 30% de álcool, o que a colocava como a mais alcoólica do Brasil. Dois anos depois, a Cuesta bate a própria marca com a Beer Brandy Oak Aged 2021, desta vez, com 35% de teor alcoólico.
E 35% de teor alcoólico é muito? Sim, é muito. Uma rápida consulta ao bar de casa revelou que o Aperol tem 11%, um vinho do Porto ruby tem 19,5% e o Negroni pronto da Bitter & Co (ótimo, por sinal) tem 26%. Os 35% ficam perto de uísques, igualando, por exemplo, o Tennessee Fire, da Jack Daniels.
Para bater o próprio recorde, Marcelo Breda conta que partiu da mesma base da edição de 2019, uma doppelbock. Desta vez, porém, a cerveja ficou quase dois anos descansando em barril de carvalho francês e usa dois lúpulos (Hallertau e Saaz), além de cinco tipos de malte. “Mudou também a quantidade de vezes que ela foi concentrada e a temperatura de congelamento. Além da base ter sido elaborada com teor alcoólico maior para atingirmos a meta.”
A cerveja chega em uma caixa de madeira, com uma elegante garrafa arrolhada semelhante a de um refinado conhaque, com 500 ml, e dois copos pequenos de 50 ml (condizentes com a quantidade que deve ser bebida, como um licor). São apenas 100 kits numerados, que devem ser pedidos por telefone —se pedir logo, dá até para escolher o número— diretamente na cervejaria: (14) 3814-9495; na pré-venda, o valor é de R$ 450.
Recordista no Brasil, a Beer Brandy Cuesta 2021 ainda está atrás de outros rótulos mundo afora, principalmente na Escócia, terra do uísque. A Sink the Bismark, da escocesa Brewdog, tem 41% de álcool. E também da terra de William Wallace vem a campeã do mundo, a Snake Venom (isso, veneno de cobra), com 67,5% de teor alcoólico (a cerveja é vendida inclusive com uma carta com algumas recomendações para o consumo).