O protocolo é dos bares, mas o bom senso tem que ser de cada cidadão

Depois do oba-oba da volta dos bares no Rio, com muita aglomeração e desrespeito à discreta fiscalização (com direito a “cidadão não, engenheiro civil”), São Paulo começa a retornar à vida etílica após a flexibilização.

Certamente os belos bares de Pinheiros, Vila Madalena e outros bairros boêmios estarão bem preparados, com maior distanciamento, garçons paramentados e até cerveja em gel, se precisar.

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A discussão se o governo foi apressado ou não na questão já ficou para trás. E não adianta chorar por ela. A cidade atingiu o platô (no mundo inteiro, fala-se em pico; aqui é platô, porque nossa montanha não tem cume, tem plataforma). Agora é torcer pelo melhor.

A principal restrição é a do horário, limitado até as 17h. E é esse o único ponto que fez proprietário torcer o nariz. “Ninguém viria beber de manhã ou largar o trabalho para consumir álcool no meio da tarde”, afirmou o sócio de um bar de Pinheiros, irritado com o horário diurno. Mas muitos vão abrir no fim de semana, como já ficou claro, e aí entra o principal fator da equação, o bom senso do consumidor.

O problema é que bom senso, ao contrário de protocolo, cada um tem o seu. Para cada dez bebedores prudentes, pode ter um “cidadão não”.

Bar não é restaurante. Bastam dois chopes para alguém ficar animado, se descuidar e gritar pelo garçom sem máscara, com gotículas e perdigotos voando pelo salão. Beber em casa ainda é o melhor remédio. Confira aqui uma lista de bares que entregam o chope em casa.